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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Silas Malafaia: “Não voto mais em Marina e digo por quê

Após apoiar candidatura de Marina Silva à presidência da República, o pastor Silas Malafaia fica indignado com afirmações da candidata e muda sua opção de voto.

"NÃO VOTO MAIS EM MARINA", comunica. Abaixo, ele divulga o motivo de sua decisão:

"Pior do que o ímpio é um cristão que dissimula. Eu queria entender como uma pessoa que se diz cristã, membro da Assembleia de Deus, afirma que se for eleita presidente do Brasil vai convocar um plebiscito para que o povo decida se aprova ou não o aborto, ou se aprova ou não o uso da maconha.

Marina precisa aprender com a ex-senadora Heloísa Helena, católica praticante e pertencente a um partido ultrarradical. Heloísa Helena declarou peremptoriamente: “Sou contra o aborto!” Na audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, deu um verdadeiro show, não apenas à luz de questões religiosas, como também científicas. Ela mostrou a desgraça, a mazela, e uma das coisas que mais aborrecem a Deus: a força dos poderosos contra os indefesos.

Ao propor plebiscito, Marina está “jogando para a torcida”, para ficar bem com os que são contra e com os que são a favor. SAI DE CIMA DO MURO, MINHA IRMÃ! QUE PLEBISCITO COISA NENHUMA! O povo brasileiro não tem todas as informações necessárias para decidir esta questão de maneira isenta. Temos toda a mídia a favor dessa nojeira do aborto. Com certeza vão jogar pesado para influenciar.

Cultivar uma vida cristã significa ser radical. Radical contra o pecado, contra esse sistema mundano dirigido pelo diabo. Como diz a Bíblia, não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento (Romanos 12.2).

A palavra de Marina como cristã teria de ser apenas isto: “Sou contra o aborto e a legalização da maconha”. Como faltaram convicção e firmeza em suas declarações, uma vez que o cristão tem de “mostrar a cara” posicionando-se de forma categórica contra o pecado, Marina perdeu meu voto. Já que não tenho tantas opções, votarei em Serra para presidente.

Infelizmente, Marina não nega suas raízes petistas."

Fonte: Site do Pastor Silas Malafaia

Tráfico leva pastor para a prisão

O pastor Márcio Henrique da Silva Vieira, 24, da igreja evangélica Deus é Amor, foi preso depois de fugir 2 vezes do cerco policial em Ribeirão Cascalheira (900 km a leste de Cuiabá).

Ele é investigado por tráfico de drogas em toda região do baixo Araguaia.

Segundo o delegado Marcos Leão, em uma abordagem da Polícia Militar, dias antes da prisão, no veículo do pastor foram encontrados 53 gramas de pasta-base de cocaína e vários papelotes com resíduos de drogas. Na ocasião, ele abandonou o automóvel e se escondeu no mato escapando do cerco policial.

Na terça-feira (21), uma equipe de policiais civis de Água Boa (730 km a leste de Cuiabá) tentaram prender o pastor na igreja, mas ele acabou fugindo pela segunda vez.

Durante investigações, a Polícia Civil descobriu que Márcio usava a igreja para comercializar drogas. Ele se aproveitava dos deslocamentos "a trabalho", para abastecer a clientela, andando em um dia mais de 200 km. Como haviam vários pontos de pregação em municípios e regiões mais distantes, Márcio demorou a levantar suspeitas.

Além de Água Boa e Ribeirão Cascalheira, eram abastecidas por ele a região de Espigão do Leste (povoado conhecido como Baianos), situado na BR-080, e São José do Xingu (1.200 km a nordeste de Cuiabá). Em depoimento ele negou que fosse traficante. Disse apenas que é usuário de drogas e que comprou uma grande quantidade, apreendida em seu veículo, para uso próprio.

Segundo o delegado, depois da prisão dele, surgiram membros da igreja comentando que já desconfiavam do pastor. Mas antes, nenhuma suspeita da direção da igreja foi oficializada. Márcio já responde a inquérito policial por tráfico de entorpecentes.

Fonte: Gazeta Digital

Evangélicos centram fogo contra Dilma Rousseff

A candidata do PT, Dilma Rousseff, é acusada pelos evangélicos de desafiar Jesus Cristo em entrevista a um jornalista de Minas Gerais.

Os evangélicos endureceram o discurso contra o PT nesta reta final da campanha política. Dois dias depois de 12 pastores de Jaboatão dos Guararapes mobilizarem os fiéis e realizarem uma carreata pró-Família e contra o PT no município, vários protestantes do estado começaram a disseminar, nas igrejas e na internet, uma mensagem contra a presidenciável Dilma Rousseff (PT). Nos cultos e na rede virtual, pastores de várias denominações pedem que os fiéis não votem em Dilma com o argumento de que, numa entrevista dada a um jornalista de Minas Gerais, a candidata teria dito "nem mesmo querendo, Cristo me tira esta vitória. As pesquisas comprovam o que estou dizendo. Vou ganhar no primeiro turno".

Uma cópia do e-mail que circula na rede chegou à redação do Diário de Pernambuco ontem por meio de um pastor da Igreja Batista Renovada da UR-7 Várzea, mas vários religiosos falaram sobre o assunto nos cultos do fim de semana, dizendo-se "perplexos'. A versão é de que Dilma teria falado esta frase- vista como uma afronta a Jesus - a um jornalista mineiro, durante a inauguração de um comitê eleitoral. O jornal Estado de Minas, que faz parte do Grupo Diários Associados, informou que a versão contra a petista não procede. A candidata não teria dito aquela frase em comitê algum de Minas.

A assessoria de comunicação da presidenciável também publicou uma nota no site dilma13.com.br negando que a petista tivesse desafiado Jesus Cristo, como interpretam os evangélicos. Segundo a assessoria, a nota foi publicada assim que o boato se espalhou na rede, embora só tenha começado a circular com força em Pernambuco no último fim de semana. "Diante desse cenário de vitória, inúmeras mentiras em relação a Dilma têm sido inventadas e espalhadas na internet. A baixaria mais recente diz respeito a um e-mail que atribui a ela uma falsa declaração. Dilma jamais disse isso. E nunca reconheceu uma vitória antecipadamente. Ao contrário, ela tem dito que pesquisa não ganha eleição, que eleição se ganha na rua", explica a campanha petista.

Segundo a nota, os adversários de Dilma estão tentando repetir "a campanha do medo" feita contra Lula em 2002. "Já vimos esse filme em outras eleições e, como bem definiu o presidente Lula naquele ano, a esperança venceu o medo. E vai ser assim novamente, com a eleição de Dilma presidente", diz o texto do site. "Não se deixe enganar", acrescenta, encerrando o assunto.

Youtube

O boato contra Dilma também está sendo veiculado em vários vídeos no Youtube e em comunidades de igrejas evangélicas no orkut. A reportagem assistiu às gravações com o maior número de visitas virtuais, mas não encontrou nenhuma declaração da petista dizendo que venceria até contra a vontade de Cristo. Os títulos dos vídeos no Youtube chamam para o assunto, porém o conteúdo não prova a citada entrevista. Quase todos mostram a posição de Dilma favorável às mulheres que desejam fazer o aborto e exibe seu compromisso de garantir o apoio do SUS a essas pessoas. Alguns dos vídeos fazem edições mal intencionadas, mostrando umtrecho de um discurso de Dilma onde ela diz que "ficou presa três anos", mas sem revelar que a prisão teria sido na época da Ditadura Militar.

Fonte: Diário de Pernambuco

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Morte do homem cristão provoca oposição em aldeia

A morte de um cristão local criou oposição em sua aldeia natal quando membros da família declararam que iriam enterrá-lo de acordo com os costumes cristãos.

Os moradores seguem crenças religiosas tradicionais que cremam seus mortos em vez de enterrá-los. Quando Khadim Pillai e Silas Das, pastores apoiados pela Gospel for Asia, chegaram à área, os moradores gritavam se opondo a eles. O chefe da aldeia insistiu para o funeral ser de acordo com seus costumes religiosos alegando medo de ter sua moradia perto de um cadáver enterrado.

Durante dois dias, os pastores e os chefes da aldeia discutiram sobre a situação. A tensão sobre as diferentes opiniões cresceram, mas Khadim e Silas oravam a Jesus para resolver o problema.

O Senhor fez um milagre e inclinou o coração do povo local, que mais tarde permitiu a família de enterrar seus entes queridos.

O homem falecido e sua família eram os únicos cristãos na aldeia e tinha vindo para Cristo no máximo, oito meses antes de sua morte.

A oração é necessária para a família: que o Senhor console a cada membro durante esse tempo de luto, e que Ele use-as para atingir os seus vizinhos que necessitam do amor salvífico de Jesus. Ore também pelos moradores: que Deus trabalhe em seus corações para conhecerem Jesus como seu Salvador. fonte portas abertas.

Dois jovens americanos acusam bispo batista de abuso de poder para seduzi-los

Os americanos acusam o bispo batista Eddie Long de coagi-los a ter relações sexuais quando eram membros de sua congregação.

Dois homens entraram com processo na justiça acusando o bispo Eddie Long de explorar seu papel como pastor na área de uma grande igreja na região de Atlanta para coagi-los a ter relações sexuais quando eram membros de sua congregação.

O advogado dos rapazes, hoje com 20 e 21 anos, disse que eles abriram o processo nesta terça-feira na corte do condado de DeKalb.

O advogado do pastor, Craig Gillen, disse que ele "categoricamente nega as acusações".

Os rapazes tinham 17 e 18 anos, e eram membros da Igreja Batista Missionária do Novo Nascimento em Lithonia, quando dizem que Long tirou proveito de sua autoridade espiritual para seduzi-los com carros, dinheiro, roupas, joias, viagens internacionais e acesso a celebridades.

Fonte: Folha Online

Filha de pastor com suposto poder de cura atrai milhares no RJ

Alani, de seis anos, filha de um pastor pentecostal, atrai milhares de pessoas em busca de pretensas milagrosas.

Ela participa dos cultos da Igreja Pentecostal dos Milagres em Alcântara, um bairro do Rio de Janeiro.

Na entrada da igreja os cartazes mostram fotos das curas de fiés que receberam a cura através da missionárinha Alani.

Antes de subir no palco a menina assiste ao culto com uma boneca no colo.O pai da menina Adauto Santos pastor da Igreja Pentecostal dos milagres escolhe pessoas da igreja que dizem que foram curados pela oração da menina.

Alani faz uma oração antes de começar a sessão de cura e algumas pessoas até caem.

O pai de Alani conversa com as pessoas que foram tocadas para mostrar os milagres realizados durante a oração da menina.

Fonte: Creio

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Ex-pastor da Mundial diz que distorcia trechos da Bíblia

A Igreja Mundial do Poder de Deus é tida como a igreja neopentecostal que mais cresce no Brasil. Tem mais de 2.300 templos e ocupa quase toda a programação da Rede 21, além de horários em outros canais. Quando foi fundada pelo apóstolo Valdemiro Santiago, em 1998, o então motorista de caminhão Givanildo de Souza começava a trabalhar em Sorocaba, no interior de São Paulo. Entusiasmado com as promessas de cura, enriquecimento e ressurreição, ele resolveu trocar o caminhão pelos templos. Virou discípulo de Valdemiro e obreiro da Mundial. Para provar sua proximidade com Valdemiro, Givanildo exibe fotos de sua família com a de Valdemiro, todos em trajes de lazer.

A dedicação ao altar lhe rendeu promoções. Givanildo passou por várias cidades até ser transferido para Araçatuba, a 525 quilômetros da capital paulista. Lá ficou responsável por 14 igrejas. Como pastor regional, chefiava os colegas e respondia pelo dinheiro arrecadado. Semanalmente, diz, enviava para a sede os montantes recolhidos. O vínculo com a Mundial durou até julho deste ano. Depois de se declarar descontente, Givanildo decidiu sair e agora faz acusações contra a Mundial. Ele afirma que era orientado a distorcer trechos da Bíblia para aumentar a arrecadação com os fiéis. É a primeira vez que um dissidente da Mundial dá um depoimento assim.

Representantes da igreja foram procurados para comentar, mas não quiseram responder. A seguir, suas principais afirmações sobre o funcionamento da Mundial.

A pressão por arrecadação

Os líderes da Igreja Mundial, segundo Givanildo, estabelecem metas financeiras a seus subordinados e cobram resultados. “Se eu não dobrasse o valor, ia ser mandado embora com minha família e tudo”, diz. Givanildo conta que, um pouco antes de deixar a Mundial, despachava para a sede cerca de R$ 300 mil por mês, oriundos do bolso dos fiéis. “Depositava na conta da igreja. Às vezes, pediam para levar em mãos.”

A pressão por arrecadação e as técnicas para extrair dinheiro de fiéis, segundo ele, eram ditadas pelo bispo Josivaldo Batista, o segundo homem da Mundial. Josivaldo, diz, lidera a segunda parte dos encontros periódicos de pastores para falar de crescimento financeiro. “A primeira parte da reunião é televisionada. Depois que desligam tudo, o bispo Josivaldo começa a falar: ‘O negócio é o seguinte, se não crescer, vamos fazer umas trocas aí. Vamos botar os pastores lá no fundão do Nordeste, no meio do mato’.”

O uso da Bíblia

Givanildo diz que, nas reuniões, Josivaldo também mostra como usar trechos da Bíblia para aumentar a arrecadação. “Houve uma campanha feita em cima de Isaías 61:7, sobre a dupla honra. Aí surgiu a proposta de pedir 30% do salário da pessoa.” Esse versículo diz o seguinte: “Em lugar da vossa vergonha tereis dupla honra; (…) por isso na sua terra possuirão o dobro e terão perpétua alegria”. Segundo Givanildo, os pastores passaram a pregar que para obter a “dupla honra” era necessário “dobrar” o dízimo e dar mais 10% do salário como oferta. Total: 30%. O “trízimo” ficou conhecido como uma inovação introduzida pela igreja de Valdemiro.

Outra orientação comum, diz Givanildo, é fazer associações simplórias entre números citados em textos sagrados e metas de ofertas. Num trecho bíblico que descreve uma batalha está dito que 7 mil guerreiros “não se dobraram a Baal”. É o que basta para uma associação. Depois de reler essa frase aos fiéis, os pastores passam a pedir doações de 7 mil pessoas, insinuando que se trata de uma determinação bíblica.

A barganha pela água benta

Na Mundial, de acordo com Givanildo, o acesso a bens sagrados são barganhados. Josivaldo, diz ele, mandava distribuir água benta só aos que contribuíssem financeiramente. “A gente tinha de dizer assim: ‘Eu quero 200 pessoas com oferta de R$ 100, que eu vou dar uma água’. Para aquelas que não tinham oferta, não podia dar.”

Os motivos da ruptura

“Eu fazia meu melhor no altar, só que quando chegava nesse momento de pedir oferta não me sentia bem. Ficava enojado”, afirma. “Se a igreja está passando necessidade, não pode ter fazenda, clube.” Givanildo conta que era considerado “rebelde” por não colocar em prática as campanhas de ofertas acima de R$ 100. E, quando o faturamento caía, era acusado de roubo, diz. “Um dia, na reunião, o bispo Josivaldo, querendo me humilhar, gritou assim: ‘Pastor Souza, vem aqui na frente’. Ele disse que tinha uma acusação, que eu estava pegando propina de outros pastores.”

A nova igreja

Fora da Mundial, Givanildo montou sua própria igreja, a Missionária do Amor. Seu primeiro templo, em Araçatuba, tem sistema de som, grafite na parede e quase uma centena de bancos estofados. Com que dinheiro montou tudo isso? “Tem gente que acredita e está me ajudando”, afirma. Sua igreja não parece ser muito diferente da Mundial. Givanildo afirma que, pelo menos no que diz respeito à forma de pedir ofertas, não segue os passos de Valdemiro.



Com informações da Revista Época / Gospel Prime

Moradores da cidade onde o pastor queimaria o Alcorão se sentem envergonhados com o caso

Os moradores se sentem envergonhados pelos atos do pastor que pintaram a cidade como um paraíso para preconceituosos.

Na última vez em que o reverendo Milford Griner presenciou tamanha comoção aqui, um exército de repórteres havia chegado para acompanhar um enxame de autoridades locais, estaduais e federais que caçavam um assassino em série.

Foi em 1990. Danny Rolling, mais tarde conhecido como o Estuprador de Gainesville, tinha assassinado e mutilado cinco estudantes colegiais em uma semana, e a cidade no centro da Flórida viveu uma espécie de estado de sítio durante quatro meses, até que os detetives o encontraram e prenderam.

Griner olhou para a fileira de câmeras de vídeo diante do Centro de Serviços Sociais Dove World na semana passada e balançou a cabeça, comparando a atenção que Gainesville recebeu 20 anos atrás com o espetáculo que evoluiu desde a ameaça do pastor Terry Jones de queimar exemplares do Alcorão diante de sua igreja.

"Na época, tratava-se apenas de medo", disse Griner sobre os assassinatos. "Todo mundo tinha medo porque havia um assassino à solta."

Desta vez, segundo Griner e outros moradores de Gainesville, a maioria dos habitantes está simplesmente envergonhada.

"Quero dizer, existe um pouco de medo sobre o que vai acontecer agora, e também há raiva", disse Griner, 35 anos, um morador de Gainesville e pastor metodista de duas igrejas, em uma declaração antes que a controvérsia oficialmente terminasse. "Eu acho que as pessoas daqui estão sentindo as três coisas - medo, raiva e vergonha. Mas a maior das três é a vergonha."

Envergonhadas, disseram Griner e outros, de que os atos de Jones tenham pintado a cidade estudantil como um paraíso para preconceituosos.

Mesmo depois que Jones cancelou o evento de sábado, prometeu que jamais queimaria um Alcorão e viajou para Nova York na esperança de se reunir com o imã de Nova York que propõe um centro islâmico perto do "Marco Zero" (local onde ficavam as duas torres do World Trade Center), centenas de moradores de Gainesville sentiram a necessidade de deixar claro que o pastor não fala por eles.

"É difícil acreditar que esse tipo de mentalidade exista aqui", disse Dara Hughes, vendo as 300 pessoas que se reuniram para protestar diante da igreja no sábado.

Hughes e sua vizinha, Linda Mihalisin, subiram em banquetas e observaram o desfile de manifestantes por trás do muro de seu condomínio na mesma rua do Dove World.

Hughes havia morado em uma cidade vizinha, Alachua, até cerca de 14 anos atrás. Mihalisin mudou-se do Connecticut para Gainesville há quatro. Ambas disseram que gostariam que a polêmica estivesse acontecendo em qualquer lugar, menos lá.

"Eu gosto de morar aqui. É um bom lugar", disse Hughes.

Timothy Nevin, estudante de graduação na Universidade da Flórida, disse acreditar que o ponto de vista anti-islâmico de Jones - pelo menos em Gainesville --só existe entre ele e seus seguidores.

Então, em sua placa de protesto Nevin pediu para um amigo desenhar uma caricatura de Jones. Embaixo dela escreveu várias frases condenando as opiniões do pastor, mas o texto mais visível dizia simplesmente: "É uma vergonha!"

"Gainesville é uma cidade muito progressista", disse Nevin. "E o que ele afirma é completamente desprezível para nós."

Para Dale Robbins, 60, a polêmica sobre a queima do Alcorão trouxe de volta memórias dolorosas que ela pensava ter deixado para trás, memórias de antes que Gainesville se tornasse a comunidade progressista que ela acredita ser hoje.

A família de Robbins era uma das poucas famílias judias que viviam em Gainesville quando ela era criança. Ela se lembra de sair à rua e ver suásticas pintadas na calçada em frente à sua casa.

Um dia, quando tinha 9 anos, Robbins, sua irmã e uma amiga cristã da irmã se afastaram alguns quarteirões de seu bairro, deitaram-se no capim e escorregaram sobre as barrigas por uma brecha entre dois suportes de uma tenda para ver como era um grande "renascimento" batista.

Quando o pregador disse que todos os judeus deveriam deixar a cidade porque os judeus mataram Jesus, Robbins lembra que se deitou de novo e deslizou para fora, com as lágrimas turvando sua visão.

Mas Robbins disse que, assim como outras partes do país depois do movimento pelos direitos civis, Gainesville havia mudado.

"Isso é o que me deixa tão louca neste caso", ela disse, contendo as lágrimas. "Aqui não é mais assim, não mais. Se fosse, eu não estaria morando aqui."

Este ano a cidade elegeu seu primeiro prefeito declaradamente gay, Craig Lowe, indicou Robbins. E as relações entre líderes de várias religiões eram fortes mesmo antes das ações recentes de Jones, disseram membros do clero local na semana passada.

Amara Atia, um dos líderes do Centro Islâmico Hoda de Gainesville, disse que se tivesse de contar ao mundo sobre a comunidade religiosa de Gainesville, um exemplo melhor que Jones seriam os pastores, padres e rabinos que ele conheceu aqui - homens e mulheres de fé que ampliaram suas percepções de outras religiões.

"Eu não sabia que cristãos e judeus tinham tanto respeito por nós", disse Atia. "Eles são o que nós conhecemos dessas religiões, e não o pastor Jones."

Quanto a Griner, que trouxe para Jones um livro devocional de sua biblioteca na quinta-feira, ele disse que o problema que os atos de Jones causaram podem transformá-lo na pessoa mais infame em Gainesville depois de Rolling, que foi executado em 2006.

"Depois do que aconteceu toda essa atenção--, as pessoas que vivem aqui não vão esquecer facilmente", disse Griner. "Não sei se ele terá de deixar a cidade, mas vai enfrentar dificuldades com os moradores."

Fonte: Cox News Service

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

"Nunca achei que Deus pudesse substituir o discernimento político", diz Tony Blair

O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair acaba de publicar seu tão esperado livro de memórias. Em uma entrevista ao Spiegel, ele fala sobre suas diferenças com George W. Bush, as perspectivas de paz no Oriente Médio e o perigo de um Irã com armas nucleares.

Seu livro de memórias, “Journey” (jornada), afirma que, para o senhor, a religião sempre foi mais importante do que a política. Ainda assim, há pouca menção em seu livro sobre como a religião formatou suas visões políticas. Por quê?

Contrariamente a certa sabedoria popular, nunca achei que Deus pudesse substituir o discernimento político. Eu fui um líder político, não religioso.

Então Deus nunca lhe falou diretamente?

Sua fé lhe dá forças para fazer o que acha certo e obviamente lhe dá valores. Mas é isso. Você não pode ir para o canto e perguntar a Deus qual deve ser o salário mínimo no próximo ano.

A fé em comum ajudou-o a formar um elo mais próximo com o presidente norte-americano George W. Bush?

Não. Nós concordamos com uma questão central relacionada à segurança, não à religião. No dia 11 de setembro, quando 3.000 pessoas inocentes morreram nas ruas de Nova York, toda a política externa dos EUA virou do avesso, como aconteceu comigo. Concordamos que simplesmente não podíamos assumir riscos com esta ameaça de segurança. Se pudessem ter matado 300.000 pessoas naquele dia, teriam matado. O cálculo de risco mudou. Essa foi a opinião que eu adotei na época e mantenho até hoje. Além disso, discordei do presidente Bush em diversas áreas, por exemplo, em mudança climática e no Oriente Médio, ocasionalmente.

Quando seu livro foi lançado na semana passada, o senhor estava em Washington como enviado especial do Quarteto do Oriente Médio. O senhor testemunhou o nascimento da mais recente iniciativa de paz do Oriente Médio na Casa Branca. Esta terá sucesso?

Há boas razões para otimismo. O presidente Obama tornou esta questão uma prioridade estratégica para os EUA. No pequeno jantar que tivemos, ele estava incrivelmente focado e consciente dos detalhes do que precisa acontecer.

O senhor vê algum progresso na região?

Passo a maior parte do meu tempo atualmente no processo de paz. Estamos ajudando a Autoridade Palestina a construir sua capacidade de governar. O que está acontecendo na Cisjordânia é extraordinário. A Autoridade Palestina provê segurança. Portanto, muitos postos de policiamento de Israel estão abertos. Como resultado, a economia está crescendo. Eu estive em Nablus na semana passada. Um ano atrás, o desemprego era de 30%; hoje, é de 12%. São mudanças grandes. Gaza, por outro lado, continua um enorme problema.

O senhor não perdeu claramente uma chance histórica como mais importante aliado de Bush? Em troca por seu apoio no Iraque, o senhor poderia ter extraído um acordo amplo com o governo Bush para uma solução no Oriente Médio.

É verdade que eu queria maior impulso no processo de paz. Mas você não pode negociar questões como essas. Lidaríamos com Saddam ou não. E por favor, não ignore o que foi feito. Nós produzimos o “mapa do caminho para paz” que ainda é o documento determinante para o avanço.

Os últimos soldados americanos acabam de deixar um frágil Iraque. O senhor teme que o país volte para o caos e a guerra civil?

É claro que devemos nos preocupar com isso. Mas a capacidade militar iraquiana aumentou enormemente. Os iraquianos têm uma chance agora de reconstruir o país.

No verão de 2003, o senhor disse durante uma visita a Basra: “Quando as pessoas olharem para trás, para esta época e para este conflito, acredito honestamente que o considerarão como um dos momentos que definiram nosso século.” É assim?

Vamos ter que esperar para ver o que acontece. Mas se, como eu espero, o Iraque se estabilizar a avançar, se as instituições democráticas continuarem de pé, mesmo passando por tempos difíceis, será um momento muito importante de mudança no Oriente Médio.

O Afeganistão, o outro teatro de guerra que o senhor deixou para trás, parece ainda pior.

A razão dos problemas no Afeganistão é a mesma do Iraque. Há um movimento que se baseia em uma visão pervertida do Islã. São pessoas dispostas a lutar usando o terrorismo e prontas para se manter no conflito por um longo tempo. Parte desse movimento é patrocinada pelo Irã. Temos que ter forças para enfrentá-los e combatê-los, mesmo que levem anos.

Como o senhor lidaria com o Irã?

Eu diria claramente para Teerã: vocês não devem desenvolver armas nucleares. Se continuarem, vamos detê-los.

Estaria disposto a entrar em guerra?

Faria todo o possível para evitar a opção militar, mas não tiraria esta opção da mesa. Se as sanções não funcionarem, enfrentaremos escolhas muito difíceis. Um Irã com armas nucleares desestabilizaria enormemente todo o Oriente Médio. Faríamos um grande erro se não compreendêssemos isso.

O senhor se ressente de não ser mais primeiro-ministro?

Algumas vezes. Mas eu amo minha vida nova, de fato.

No ano passado, o senhor tentou se tornar o primeiro presidente do Conselho da União Europeia.

Eu teria gostado do trabalho, se as pessoas me quisessem. Quem sabe, talvez eu tenha outro cargo público em um momento distinto. Agora temos uma oportunidade enorme na Europa. Somos a maior união econômica do mundo. Isso fortalece nossos países individuais. Temos que usar essa força. Ao mesmo tempo, o poder está mudando para o Oriente. Precisamos olhar para a China, Índia e Indonésia. Temos que nos ajustar a isso e temos que fazê-lo radicalmente, ou ficaremos para trás. Por isso que é tão maluco o Reino Unido ser cético quanto à União Europeia.

Em seu livro, quase não há nada sobre o ex-chanceler alemão Gerhard Schröder. Mas sabe-se que vocês não se davam bem.

Obviamente que discordávamos. Mas eu sempre tive grande respeito por seu programa de reformas e não acho que ele recebe o crédito que merece por isso. Foi muito importante para o futuro da Alemanha.

Fonte: Der Spiegel

Pastor afirma que não vai recuar da intenção de queimar Alcorão nos EUA

O pastor Terry Jones reafirmou nesta quarta-feira (8) sua intenção de queimar cerca de 200 cópias do Alcorão no sábado, para lembrar o aniversário do 11 de Setembro, mesmo depois da onda de protestos internacionais contra seu plano.

"Não estamos convencidos de que recuar é a coisa certa", disse Jones, obscuro pastor da Dove World Outreach Center, em Gainesville, no estado americano da Flórida.

Ele disse que levou em consideração as críticas do general David Petraeus, comandante-chefe dos EUA no Afeganistão, de que seu ato iria presentear os extremistas islâmicos com uma "peça de propaganda". Mas disse que não vai ser dissuadido.

O religioso afirmou que deseja que o evento de queima do Alcorão envie uma "advertência" ao que chamou de muçulmanos linha-dura, que, segundo ele, tentavam exercer influência sobre os EUA.

"A queima do Alcorão é para chamar a atenção para o fato de que algo está errado", disse.


O reverendo Terry Jones posa nesta terça-feira (7) em frente à sede da igreja em Gainesville, no estado americano da Flórida. "Estamos enviando uma mensagem a eles de que não queremos que façam o que parecem estar fazendo na Europa", disse Jones. "Queremos que eles saibam que, se estão na América, precisam obedecer a nossa lei e constituição e não empurrar lentamente a agenda deles sobre nós."

Além de Petraus, a Casa Branca, o Vaticano, o Irã, a União Europeia e a ONU manifestaram-se contra o protesto.

O anúncio também ocorre perto do fim do mês sagrado do Ramadã e em meio às tensões elevadas nos EUA pela proposta de construção de um centro cultural islâmico e de uma mesquita perto do local dos ataques ao World Trade Center, em Nova York.

A queima de livros está marcada para as 18h locais (19h de Brasília).

Funcionários da prefeitura afirmaram que vão tomar providências para tentar impedir o ato. Policiais e bombeiros teriam uma reunião para tratar do caso. Um representante da prefeitura disse que é proibido realizar um incêndio a céu aberto, e os responsáveis correm o risco de serem multados em US$ 250 e até de serem presos.
fonte g1

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Pesquisa revela que 8 em 10 em todo o mundo vêem a religião como importante

Mais de oito em cada dez adultos em todo o mundo dizem que a religião é uma parte importante de suas vidas diárias, de acordo com pesquisas do Gallup realizada em 114 países.

E, como pesquisas anteriores encontraram, ainda há uma forte correlação entre o nível socio-econômico do país e a religiosidade de seus moradores.

Nos países mais pobres do mundo - aquelas com renda média per capita de 2000 dólares ou menos - a proporção mediana que dizem que a religião é importante em suas vidas diárias é de 95 por cento, informou nesta terça-feira Gallup.

Em contraste, a mediana para os países mais ricos - aqueles com renda média per capita acima de USD $ 25.000 - é de 47 por cento.

"Os cientistas sociais têm colocado diante inúmeras explicações possíveis para a relação entre a religiosidade de uma população e o seu nível de renda média," observou o editor Steve Gallup Crabtree.

"Uma teoria é que a religião desempenha um papel mais funcional nos países mais pobres do mundo, ajudando muitos moradores a lidarem com uma luta diária para prover a eles e suas famílias. A análise anterior Gallup apoia esta idéia," acrescentou.

Na análise da Gallup de 2009, inquéritos realizados em 143 países, nos três anos anteriores, a organização concluiu que a relação entre religiosidade e bem-estar emocional é mais forte entre aqueles nos países pobres do que entre aqueles no mundo desenvolvido.

Em seu último relatório, Gallup disseram que a religião era considerada importante por 95 por cento das pessoas em países com 2.000 dólares ou menos renda per capita. E para os países com renda per capita acima de USD $ 2.000, mas menos de USD $ 5.000, 92 por cento das pessoas disseram que a religião é uma parte importante da sua vida quotidiana.

Depois de 5.000 dólares, os números declinaram mais, com 82 por cento considerando a religião como importante para os países dentro do grupo USD $ 5.001-12,500. Para renda de USD $ 12.501-25.000, 70 por cento disseram o mesmo. E para os países com renda per capita mais USD $25.001, apenas 47 por cento disseram que a religião é uma parte importante da sua vida quotidiana.

Tal como em inquéritos anteriores, no entanto, os Estados Unidos estão entre os países ricos, que vêm escapando à tendência.

Segundo a última pesquisa Gallup, 65 por cento dos americanos dizem que a religião é importante em suas vidas diárias. Outros países de alta renda mais propensos a enfatizar a importância da religião incluem Itália, Grécia, Singapura e países do Golfo Pérsico.

Os seis principais países com maior porcentagem de pessoas colocando importância da religião foram Bangladesh, Nigéria, Iêmen, Indonésia, Malawi, e Sri Lanka - com pelo menos 99 por cento em cada comunicação a religião como importante em suas vidas diárias.

Os seis países com os menores percentuais foram a Estónia (16 por cento), Suécia (17 por cento), Dinamarca (19 por cento), Japão (24 por cento) e Hong Kong (24 por cento).

Resultados de pesquisas Gallup são baseados em entrevistas telefônicas e presenciais, realizadas em 2009 com cerca de 1.000 adultos em cada país.

Fonte: Christian Post

Igreja perde luta para reconquistar registro

Em 30 de julho, uma igreja do Azerbaijão perdeu a disputa pelo conhecimento legal após recusa de registro sob a nova lei religiosa.

A lei, aprovada em 2009, exigia todos os registros anteriores das organizações religiosas para obter o credenciamento novamente. Todas as igrejas tinham de apresentar documentos para registrar-se novamente no início de 2010, e muitos foram obrigados pelas autoridades a alterar as suas constituições, especialmente no que diz respeito aos alcançados e dos campos de verão das crianças. As igrejas logo começaram a receber cartas informando que seus pedidos foram recusados, incluindo a Cathedral of Praise Church, em Baku City.

Em 25 de maio, o pastor Halilov, da Cathedral of Praise Church, escreveu ao Comitê de Assuntos Religiosos (CRA) para contestar a recusa, mas, dois meses depois, um juiz emitiu o veredicto decepcionante que o CRA não agiu ilegalmente, indeferindo o pedido. O panorama parece sombrio às outras igrejas que também contestaram a recusa das suas candidaturas, já que esta decisão abre um precedente legal para recursos adicionais.

Em 09 de janeiro, a tenda usada pela Cathedral of Praise Church para o culto foi destruída em um incêndio. O CRA recusou à congregação o aluguel para instalações alternativas para os serviços da igreja.

• Ore por todas as igrejas no Azerbaijão, uma vez que enfrentam as limitações impostas pela nova Lei de Religião. Ore por sabedoria e coragem para os líderes da igreja enquanto eles continuam a campanha pelos direitos legais.

• Ore para que as autoridades reconheçam o direito à liberdade de religião e que haverá uma flexibilização das restrições impostas pela nova lei.

fonte: portas abertas